sexta-feira, 3 de junho de 2011





        Cafeína e chá. Única coisa que tem me mantido em pé. Exatamente 3 dias  a base disso, acordei novamente e fui para escola, tudo normal tudo igual, cheguei em casa e capotei.
       Na cama senti tontura muita tontura, não deu outra vi a luz deixar os meus olhos, acordei nos braços do meu pai. - Acorda garota o que você tem? – nada. Só preciso de um copo de água. Respondi. Ele desconfia que eu não como porque estou gorda (muito), mas nunca me obrigou a nada, já a minha mãe sempre foi um porre com tudo isso. Minha sorte é que ela estava no trabalho, ele disse que eu estava pálida então me levou obrigadamente para o posto que fica ao lado da minha casa, fui reclamando, mas fui.    
       Chegando lá a cretina da médica mediu a minha pressão e disse que não estava normal, então preparou a agulha e enfiou no meu braço com um saco, perguntei o que era e ela me respondeu seca e acida – é soro minha querida.Bastou isso para eu arrancar a agulha do meu braço e dar de ombros. Meu pai saiu do posto na fúria, mas eu não podia ficar ali tomando soro e engordando horrores com aquilo.
      Quando a minha mãe chegou do trabalho , o meu pai contou oque havia acontecido. Ela ficou realmente muito preocupada,  fez uma sopa então eu sentei na mesa e comi por pena. logo depois fui ao banheiro e miei. Eu juro, eu não gosto de ver minha mãe assim, eu não gosto mesmo de machucá-la dessa forma, mas já não é como antes, eu já não me importo mais, não consigo me importar. Eu sinicamente ignorava a situação. Um dos seus berros foi justamente apontando meu sarcasmo, meu sinismo. "Você não era assim, T! Tire esse sinismo do rosto. (...) Estou falando com você!" Em nenhum momento eu respondi; Não encontro necessidade, talvez porque eu não tenha mais salvação, talvez porque eu não gosto de ninguém, muito menos de mim mesma.
   
Meus dias tem sido um tanto quanto iguais nessas ultimas semanas. O tédio faz hora extra na minha vida. Eu faço as coisas  sem pensar muito, aceito as opiniões sem dialogar e dizer o que eu realmente quero. Estou totalmente  ''tanto faz'' ''pode ser''. Meu eu esta totalmente voltado  a anna. Acho que emagreci um pouco, não me pesei nas ultimas duas semanas por preguiça de ir a farmácia ou simplesmente por medo. Medo de perceber que todos os meus esforços não estão servindo para absolutamente nada, medo de que toda essa dor, esse desespero e essa vontade de que as coisas dêem certas esteja cada vez mais distante.
            
Na minha mente esta tudo um caos , uma completa bagunça. Tem sido difícil acordar todo os dias. O único motivo pelo qual  faço o mesmo, o único motivo pelo qual tenho forças para acordar e viver ou talvez sobreviver É ele. parece clichê mas essa é a  única razão pela qual eu ainda me esforço para tentar ser um pouco feliz. E mesmo assim eu não consigo, mesmo ele estando do meu lado eu ainda sinto  culpa. Sim culpa! Culpa por me sentir tão bem quando eu não deveria esta. Quando eu estou com ele ou com os meus supostos amigos  é como se a dor fosse quase cicatrizada, como se todo esse peso apenas não existisse.É como se uma parte de mim tentasse ignorar com todas as forças todos esses problemas medíocres. 

Me sinto egoísta por tudo isso ser da forma que esta sendo,  Eu queria fazer ele feliz da mesma forma que ele me faz , eu tento sabe. Queria ter força o suficiente para fazer ele se mandar da minha vida  e ir embora pra sempre. ir viver, esquecer tudo isso e não se importar com coisas pequenas, não se importar comigo. Eu realmente não quero que isso aconteça, não quero que ele vá, mas também não quero que os meus problemas gerem preocupação. Não preciso de ninguém se preocupando ou sentindo pena de mim por isso, As vezes eu acabo contando algumas coisas que não deveriam ser ditas. Coisas que eu deveria guardar apenas para mim. E faço isso por puro desespero, por não ter em quem confiar e contar os meus segredos.Sinto uma falta quase insuportavel do P.