As semanas passam indiferentes enquanto eu tento decidir o que fazer durante a tarde. E, bem, não há absolutamente nada. Então fico ali, eu e a solidão, uma entendendo a outra.
É tão agradável caminhar na rua quando não há mais sol, quando é outono. As pessoas ficam mais bonitas, aparentemente. O mais assustador de tudo é que eu ainda me sinto mal ao sair na rua, como se as pessoas me secassem com os olhos, fazendo alguma crítica mental sobre meus cabelo ou sobre como ganhei peso. Talvez elas simplesmente nem notem, talvez apenas queiram seguir seu rumo indiferente à minha presença. Eu não sei...
De fato, a noite é o pior momento. Sabe quando a garganta parece criar unhas e você a sente te arranhando por dentro? Ela, ao mesmo tempo, parece se fechar, se amarrar, fazer um nó. Eu queria chorar, essa é a verdade. Mas não o fiz. Com o nó em minha garganta, não consegui engolir o ódio. Isso fica claro em meus olhos e na falta de sorriso em meu rosto.
Há momentos em que você está no limite da sensibilidade, aí qualquer palavra errada pode te fazer cair, me entende? E ao meu redor não sinto como se certas pessoas fossem capazes de ter consciência e bom senso a respeito do que dizem. Isso me afunda. Me deixacom vontade de ter surtos e perder o controle
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